segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Folclore -  Plano de Aula Interdisciplinar.

Áreas do Conhecimento:
Português;
Artes;
Educação Física;
Matemática;
Geografia.


Metodologia
            Este plano de aula interdisciplinar, seguira uma seqüência de aulas realizadas com a participação de outros professores envolvidos.
            As atividades serão desenvolvidas de forma individual e no coletivo com a interação professor - aluno, aluno-professor, aluno-aluno.           
           
1ª Etapa
            Promover uma conversa  sobre o projeto justificando a escolha da temática “Folclore”;
            Desencadear uma conversa com os alunos, fazendo um levantamento dos conhecimentos prévios sobre o assunto.

·        O que é folclore?
·        O que já sabemos?
·        O que queremos descobrir?

            Possibilitar a troca de conhecimento entre os alunos sensibilizando-os sobre a temática escolhida.


2ª Etapa
            Iniciar aula expositiva dialogada sobre alguns pontos sobre o folclore, a fim de levantar informações e a curiosidade dos alunos sobre os personagens, as brincadeiras, as lendas, as regiões, danças e outros temas ligados ao Folclore em uma linguagem simples e objetiva.
            Apresentar através de folha impressa em preto em branco os personagens folclóricos e sua respectiva região. Solicitar que realizem a pintura do mesmo.

            Exemplos:
·        Saci-Pererê
·        Mula sem cabeça
·        Iara
·        O Curupira
·        Lobisomem

CURUPIRA
É UM MENINO ÍNDIO É BEM CABELUDO MORA NO TRONCO DAS ÁRVORES PROTEGE OS ANIMAIS TEM OS PÉS VIRADOS PARA TRÁS É TÃO RÁPIDO QUE PARECE VENTO.

3ª Etapa
            Realizar a leitura da lendas  do Saci-Pererê :

A lenda do Saci-Pererê
            Diz à lenda que o saci é um negrinho de uma perna só, ágil e atrevido.
            O saci perdeu uma perna numa luta de capoeira.
            Todo saci usa um gorro vermelho e adora fumar cachimbo.
            Os sacis aparecem e desaparecem num rodamoinho.
            O saci não é maldoso, mas adora fazer arte como, por exemplo: apagar o fogo, dar nó na crina dos cavalos, assustar viajantes, espantar cavalos e bois no pasto.
            Para pegar um saci basta colocar uma peneira com um terço em baixo de uma arvore.
            Para chamar o saci dê três nós num pedaço de palha.
            Após pegar o saci é preciso tirar o seu gorro e prendê-lo em uma garrafa.

4ª Etapa
            Através das características dos personagens do Folclore trabalhar formas geométricas, a imaginação e coordenação motora dos discentes com trabalhos manuais.
            Desenvolver dobraduras com o personagem, e o colocaram conforme a lenda dentro de uma garrafa.

 5ª Etapa
            Despertar a curiosidade e interesse sobre as brincadeiras folclóricas, realizando atividades físicas
            As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam de geração para geração. Muitas delas existem há décadas ou até séculos. Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.
            Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos. Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças.
Algumas brincadeiras serão trabalhadas na aula de educação física.

Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore:

Pega-pega: esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada passa  ter que fazer o mesmo.

Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base. 

Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, são jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.

 Pião: a brincadeira de pião ainda faz muito sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante à brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.

Soltar Pipa: as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.

6ª Etapa
            Trabalhar as músicas do folclore brasileiro, canções populares, muitas de autores desconhecidos do interior do Brasil, que são transmitidas de geração para geração através dos tempos.
            Parte importante da cultura popular, usadas como o objetivo lúdico (envolvendo jogos e brincadeiras) ou para pura diversão. Possuem letras simples e com muita repetição, características que facilitam a memorização. Estas músicas são mais populares nas regiões do interior do Brasil e costumam apresentar como temas principais situações do cotidiano (amor, namoro, casamento, relacionamentos, etc.).     Algumas letras também envolvem personagens do folclore brasileiro.
            As músicas folclóricas brasileiras são quase sempre acompanhadas pelo som de uma viola caipira ou de violão.

POMBINHA BRANCA
Pombinha branca, que está fazendo?
Lavando a louça pro casamento
A louça é muita, sou vagarosa
Minha natureza é de preguiçosa

Pombinha branca, que está fazendo?
Lavando a louça pro casamento
Passou um homem
De terno branco
Chapéu de lado
Meu namorado

Mandei entrar
Mandei sentar
Cuspiu no chão!
Limpa aí seu porcalhão!

Avaliação
            Avaliação será contínua, através da observação das crianças no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
Resultados esperados
            Os resultados previstos para esta seqüência de aulas visa despertar nos alunos o valor educativo do folclore.
            Desenvolvimento social, exposição de opiniões em debates e respeito a diversidade das formas de expressão;
            Desenvolvimento motor das crianças.
            Capacidades de escutar com atenção, compreensão e responder a questões proposta pelo professor.

Referências:
Folclore Brasileiro Infantil, Autor: Girassol, Editora: Girassol , Categoria: Literatura Infanto-Juvenil / Literatura Crianças 5-8 Anos


A Interdisciplinaridade: Reflexão.

            A proposta Interdisciplinar refere-se a uma concepção de ensino e de currículo, baseada na interdependência entre os diversos ramos do conhecimento, ou seja, de formas possíveis de articulação das diversas disciplinas.
            Em um currículo Interdisciplinar, as informações, as percepções e os conceitos, compõem uma totalidade de significações completas, oferecendo uma postura nova diante do conhecimento, gerando uma mudança de atitude em busca do ser integral, garantindo a construção de um conhecimento globalizado, rompendo com os limites das disciplinas. Assim o mundo deixa de ser visto como um quebra-cabeça desmontado como ocorre na visão multidisciplinar, onde os conteúdos científicos são resumidos e fragmentados, formando conteúdos objetivos, estáveis, sem história e descontextualizadas.
            Partindo para uma um proposta de diálogo entre as disciplinas, para a compreensão da realidade, a Interdisciplinaridade relaciona as disciplinas no momento de enfrentar temas de estudos.  A partir destes temas os professores realizam um trabalho voltado para a mediação dos alunos, levando-os a estabelecer as conexões, gerar transformações e explorar caminhos alternativos.
            Segundo Piaget, interdisciplinaridade é o intercâmbio mútuo e integração recíproca entre várias ciências, tendo com resultado um enriquecimento recíproco.
            A interdisciplinaridade supõe o saber fazer coletivo, que se inicia na coordenação da escola e vai até as famílias dos alunos. Trabalhando através de eixos, independente do ano de escolaridade e idade do aluno, o projeto interdisciplinar tem como função ensinar o aluno a aprender, a encontrar o sentido, a estrutura, o problema que vincula a informação e que permite aprender.
Do ponto de partida para a definição do Projeto, vão sendo adotadas características diferentes, pois casa aluno parte de suas experiências anteriores, da informação que têm sobre determinado assunto, ou seja, o conhecimento de mundo, estrutura internas.
            Segundo Vygotsky, a Zona de Desenvolvimento Proximal é tudo o que a criança pode adquirir em termos de intelectuais quando lhe é dado o suporte educacional necessário. Essa teoria pressupõe que uma pessoa pode atingir um potencial, mas pode ainda não estar pronta. Então para se construir um conhecimento o indivíduo necessita de uma base. O conhecimento anterior dá estrutura para seu conhecimento novo.
            Sendo assim, entendemos que o trabalho interdisciplinar, globalizado, vem de encontro não só de um melhor desenvolvimento intelectual como da necessidade de nossa atual sociedade, que a cada dia se depara com diferentes fontes de informações que mudam a cada minuto.
Através do ensino interdisciplinar, levamos não só os conteúdos das matérias, mas um olhar crítico reflexivo da realidade, incorporando um universo de significações, onde o aluno se torna o protagonista no processo de aprendizagem cria e recria o seu conhecimento. O professor por sua vez, de detentor do saber, passa a ser visto como mediador ou facilitador.
            A escola, vista como um lugar onde se enche a cabeça dos alunos de conteúdos, transforma-se e assumi sua verdadeira essência que é de formar cidadãos, oferecendo elementos que possibilite a construção da própria história. Pois ao encontro desta necessidade surge a interdisciplinaridade que leva em consideração no levantamento da proposta de trabalho questões de gênero, etnia, classe social, ou seja, a diversidade existente na escola.
Em suma, o que aprendemos sobre a Interdisciplinaridade é que, o ensino interessante desperta o aluno para a pesquisa e criatividade. E que na multidisciplinaridade é comum perceber falhas, uma vez que são traçados limites para a aprendizagem ou nas ações dos alunos que poderiam ultrapassar determinadas fases e ir além de seu potencial.
Sabemos que cada ser é um talento nato que se desenvolve com facilidade e muitas vezes não pode alcançar com sua técnica por que está dentro de um sistema que valoriza as "rédeas".














REFERÊNCIAS
HERNÁNDEZ, Fernando. TRANSGRESSÃO E MUDANÇA NA EDUCAÇÃO OS PROJETOS DE TRABALHO. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998. – PLT 347