A Interdisciplinaridade: Reflexão.
A proposta Interdisciplinar refere-se
a uma concepção de ensino e de currículo, baseada na interdependência entre os
diversos ramos do conhecimento, ou seja, de formas possíveis de articulação das
diversas disciplinas.
Em um currículo Interdisciplinar, as
informações, as percepções e os conceitos, compõem uma totalidade de significações
completas, oferecendo uma postura nova diante do conhecimento, gerando uma
mudança de atitude em busca do ser integral, garantindo a construção de um
conhecimento globalizado, rompendo com os limites das disciplinas. Assim o
mundo deixa de ser visto como um quebra-cabeça desmontado como ocorre na visão
multidisciplinar, onde os conteúdos científicos são resumidos e fragmentados,
formando conteúdos objetivos, estáveis, sem história e descontextualizadas.
Partindo para uma um proposta de
diálogo entre as disciplinas, para a compreensão da realidade, a
Interdisciplinaridade relaciona as disciplinas no momento de enfrentar temas de
estudos. A partir destes temas os
professores realizam um trabalho voltado para a mediação dos alunos, levando-os
a estabelecer as conexões, gerar transformações e explorar caminhos
alternativos.
Segundo Piaget,
interdisciplinaridade é o intercâmbio mútuo e integração recíproca entre várias
ciências, tendo com resultado um enriquecimento recíproco.
A interdisciplinaridade supõe o
saber fazer coletivo, que se inicia na coordenação da escola e vai até as
famílias dos alunos. Trabalhando através de eixos, independente do ano de
escolaridade e idade do aluno, o projeto interdisciplinar tem como função
ensinar o aluno a aprender, a encontrar o sentido, a estrutura, o problema que
vincula a informação e que permite aprender.
Do ponto de partida para a definição do Projeto, vão
sendo adotadas características diferentes, pois casa aluno parte de suas
experiências anteriores, da informação que têm sobre determinado assunto, ou
seja, o conhecimento de mundo, estrutura internas.
Segundo
Vygotsky, a Zona de Desenvolvimento
Proximal é tudo o que a criança pode adquirir em termos de intelectuais quando
lhe é dado o suporte educacional necessário. Essa teoria pressupõe que uma pessoa pode atingir um
potencial, mas pode ainda não estar pronta. Então para se construir um
conhecimento o indivíduo necessita de uma base. O conhecimento anterior dá
estrutura para seu conhecimento novo.
Sendo assim, entendemos que o
trabalho interdisciplinar, globalizado, vem de encontro não só de um melhor
desenvolvimento intelectual como da necessidade de nossa atual sociedade, que a
cada dia se depara com diferentes fontes de informações que mudam a cada
minuto.
Através do ensino interdisciplinar, levamos não só os
conteúdos das matérias, mas um olhar crítico reflexivo da realidade,
incorporando um universo de significações, onde o aluno se torna o protagonista
no processo de aprendizagem cria e recria o seu conhecimento. O professor por
sua vez, de detentor do saber, passa a ser visto como mediador ou facilitador.
A escola, vista como um lugar onde
se enche a cabeça dos alunos de conteúdos, transforma-se e assumi sua
verdadeira essência que é de formar cidadãos, oferecendo elementos que possibilite
a construção da própria história. Pois ao encontro desta necessidade surge a
interdisciplinaridade que leva em consideração no levantamento da proposta de
trabalho questões de gênero, etnia, classe social, ou seja, a diversidade
existente na escola.
Em
suma, o que aprendemos sobre a Interdisciplinaridade é que, o ensino
interessante desperta o aluno para a pesquisa e criatividade. E que na
multidisciplinaridade é comum perceber falhas, uma vez que são traçados limites
para a aprendizagem ou nas ações dos alunos que poderiam ultrapassar
determinadas fases e ir além de seu potencial.
Sabemos
que cada ser é um talento nato que se desenvolve com facilidade e muitas vezes
não pode alcançar com sua técnica por que está dentro de um sistema que
valoriza as "rédeas".
REFERÊNCIAS
HERNÁNDEZ,
Fernando. TRANSGRESSÃO E MUDANÇA NA
EDUCAÇÃO OS PROJETOS DE TRABALHO. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto
Alegre: Artmed, 1998. – PLT 347
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