É pela brincadeira que se inicia a ideia de números e em seguida a operação. As operações são ações reversíveis que acontecem dia-a-dia quando há comparação de quantidade, quando se acrescenta ou retira uma quantidade, quando se faz combinações, enfim, nos diferentes cálculos que se faz com alguma coisa.
As estratégias para se obter o resultado final são várias e dependem da criatividade de cada professor.
O professor deverá estimular as crianças dando a elas orientações para que elas entendam como chegaram a um determinado resultado.
Quando uma criança apenas reproduz uma sequência de passos sem entender o seu real significado, ela está repetindo automaticamente. Mas com intervenção do professor ela irá registrar seus cálculos de forma expandida, decomposta e desenvolverá habilidades e competências numéricas e, mais adiante poderá abreviar as técnicas operatórias.
Lev Vygotsky já chamava a atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre as crianças e os colegas em situações de aprendizagem. Ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda de outros. Trabalhar em grupo, então, não é apenas importante, mas fundamental para ele.
O uso de material de apoio reforça o momento inicial e poderão ser deixados gradativamente. O material como apoio para visualizar quantidades é importante, no início, porém depois o processo de cálculo se dará mentalmente.
Os cálculos que envolvem milhões e a escrita deles não são indicados para crianças por não ser de uso nesse momento de vida. É interessante que elas analisem e compreendam números de muitos dígitos em fase mais adiantada da aprendizagem.
Leva-se em conta o interesse e a curiosidade, cabendo ao professor dar orientação adequada.
O desenvolvimento de habilidades e competência que se propõe hoje, é baseado em processos de ensino e aprendizagem com os quais se estimule a capacidade de construir, de compreender, de dar significado ao que se faz, e não em técnicas mecânicas da educação tradicional que consiste em transmissão de conhecimento e na repetição de modelos, mesmo sem saber o porquê de muito deles.
Referência:
RAMOS, Luzia Faraco - Conversando sobre números, ações e operações: uma proposta criativa para o ensino da matemática nos primeiros anos - São Paulo - Ática, 2009
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