As diferentes formas de registrar
os cálculos e as técnicas operatórias.
Para
compreeender as diversas formas de registrar os cálculos, precisamos entender o que vem a ser esta forma de registro. A seguir explicitaremos diferentes
técnicas baseadas em Luiza Faraco Ramos, autora do livro Conversas sobre números,
ações e operações. Em segundo momento não contrapondo, mas enfatizando o
tema a autora Célia Carolino Pires do livro Pedagogia Gestão das práticas de
ensino do Instituto Superior de Educação UNIARARAS.
Em meados de 1950 e 1960 os registros
dos cálculos se davam por forma escrita e centrada em ações de decorar resultados,
treinando constantemente esses atos. A resolução de problemas aparecia somente
após o estudo das operações enfatizando a prova real e prova dos nove
exemplificando:
Separa-se uma parcela; efetua-se a
soma e subtrai-se a segunda soma da primeira, devendo dar a parcela executada.
Na década de
1960, período influenciado pelo movimento internacional conhecido como “Matemática
Moderna”, as operações estavam baseadas na teoria dos conjuntos.
Principais
características:
- A adição representada por meio da união de dois conjuntos distintos
- Os conjuntos representados por diagramas
- A escrita aditiva era associada á reunião, a subtrativa aos complementos. Não se enfatizava o calculo metal como no período anterior.
A partir de 1980 ocorreu o declínio
da "Matemática Moderna", rompe-se com a abordagem das operações por
meio da teoria dos conjuntos. Suas principais características foram:
- Passam a ser trabalhadas algumas ideias das operações: juntar, tirar, comparar, complementar, medir;
- Uso de tabelas, Material Dourado, esquemas de reta numérica, escritas próprias para as operações e compreendem-se técnicas operatórias (“vai um”, empresta, distribui, processo americano)
- Retomada e incentivo ao calculo mental.
Sendo assim, abordaremos a seguir
algumas práticas de escritas e registros de cálculos utilizados atualmente. As mais comuns segundo Ramos são: o calculo mental, a forma abreviada e expandida. Porém no livro de Célia veremos
as formas dos cálculos escritos .
Forma de calculo mental expandida e
abreviada na operação da adição:
Observamos que existem diversas
maneiras de calcularmos mentalmente, isto varia de cada um porem seguem alguns
registros que podemos citar:
- Para calcular 8+7 eu faço 8+8(16) e depois tiro 1 ou ainda :
- Para Calcular 8+7 eu faço 7+7(14) e depois somo +1 ou ainda:
- Para calcular 8+7 eu faço 8+2(10) e depois somo 5 (7-2) maneira um pouco complexa mais que realmente facilita o calculo mental.
Essas habilidades de cálculo mental
não se constituem espontaneamente, e sim construídas por atividades desafiadoras,
favorecendo antecipações de resultados por meio de reflexões.
Expandido:
345
+ 1=
100+100+100+10+10+10+5+1=
346
A decomposição
do numero representa a ação executada. Podemos atmbém utilizar materiais não
estruturados para representar esses
registros.
Assim na técnica expandida ficaria:
Já na forma abreviada :
C D U
3 4
5 antigos
+
1 novos
3 4
6 totais
Assim também ocorre na subtração, porém
os sistemas são diferentes:
Exemplo : Tenho 453 peixes e foram doados
182, quantos restam?
Para fazer esst calculo é necessário
a reescrita numérica depois da troca, já calculando a subtração:
Já na forma breve seria:
Para multiplicação e divisão
a técnica é modificada, porém ainda existe a expandida e abreviada:
Exemplificando
expendida:
Tenho
3 pratos e em cada um deles há 34 brigadeiros. Quantos tenho?
Na técnica
abreviada ficará:
Ou ainda pela
tabela:
Reescrita 90 + 12 = 102 brigadeiros
O
processo da divisão por estimativa faz com que a criança divida os materiais
não estruturados um a um, conseguindo compartilhar de forma igual para todos.
Também existe o método expandido e
abreviado, em que o cálculo ficaria:
Esse
processo estimula o foco de calcular mentalmente e a reversibilidade dos
pensamentos.
Em sumo as técnicas consistem em facilitar os
cálculos através da operações encontrando soluções independentemente de um
registro numerico , a criança se torna capaz de elaborar mentalmente,
vivenciando inúmeras vezes uma operação indiferente da maneira que registrar.
Referências:
Pedagogia Gestão das Práticas de Ensino, Matemática Pema 1, Matemática Pema 2 Volume 1, 4 P Gráfica Editora, Centro Universitário Hermínio Ometto, Uniararas.
RAMOS, Luzia Faraco - Conversando sobre números, ações e operações: uma proposta criativa para o ensino da matemática nos primeiros anos - São Paulo - Ática, 2009.